Siraque quer ouvir comandante da PM sobre assassinatos com decaptação

O deputado estadual Vanderlei Siraque solicitou à Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa que convoque o comandante da Polícia Militar do Estado, Roberto Antonio Diniz, para dar informações sobre o envolvimento de policiais militares em um grupo de extermínio que age na região de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O grupo é acusado de participar de pelo menos quatro assassinatos com requintes de crueldade, pois, após matar, cortava a cabeça e as mãos das vítimas para dificultar a identificação dos corpos.

Além de pedir a convocação do comandante da PM, Vanderlei Siraque apresentou Requerimento de Informações para que o Procurador Geral de Justiça, Fernando Grella Vieira, informe os motivos que levaram ao afastamento da promotora que atuava no caso, Eliana Passarelli, se ela foi substituída e o nome do representante do Ministério Público (MP) que assumiu em seu lugar. Siraque também quer saber se o MP designou representantes para acompanhar as investigações que estão sendo realizadas pela Polícia Civil e pela Corregedoria da PM.

Outro Requerimento de Informações apresentado por Vanderlei Siraque é destinado ao secretário estadual de Segurança Pública, Ronaldo Augusto Bretas Marzagão. Siraque quer saber quais foram as providências tomadas por Marsagão com relação ao caso, quem são os responsáveis pela apuração, a atual situação das investigações, quantos PMs estariam envolvidos, se todos já estão presos e também sobre a denúncia de que um coronel da PM teria dificultado a apuração para proteger os PMs.

“É lógico que a maioria dos policiais é honesta. Mas, infelizmente, como em qualquer instituição, há pessoas que cometem determinados desvios e nós, como pessoas eleitas para fiscalizar, vamos fiscalizar. Vamos fiscalizar, sim, a Secretaria de Segurança Pública. Vamos fiscalizar tudo o que está acontecendo no Estado de São Paulo, inclusive os crimes que estão ocorrendo na rua onde mora o governador. É muito grave, houve um latrocínio na rua onde ele mora. Ele finge que não é com ele; foi até viajar, para deixar outras pessoas assumirem o seu lugar”, discursou Siraque na tribuna da Assembléia.

Siraque também pediu à Comissão de Segurança que convide a promotora Eliana Passarelli para dar informações sobre o seu afastamento das investigações relacionadas à atuação do grupo de extermínio.