Os sete deputados estaduais do Grande
ABC reivindicam a inclusão de 17 emendas no Orçamento do governo
do Estado para o ano 2000. Os parlamentares se reúnem quarta-feira,
às 16h30, com o relator da peça orçamentária, deputado Roberto
Engler (PSDB), para discutir a inclusão das propostas.
O encontro foi marcado a pedido da bancada
da região e os deputados pretendem defender que as 17 emendas
apresentadas, que representam 37 reivindicações em investimento
de R$ 465,3 milhões, são necessárias e urgentes para a região.
Engler deve apresentar o relatório à Comissão de Orçamento
na terça-feira.
O deputado Vanderlei Siraque (PT-Santo
André) argumentou que as propostas apresentadas ao Orçamento
repetem os acordos feitos com o governo do Estado. "Não são
emendas pontuais nem clientelistas, elas atendem a reivindicações
da região e do Estado."
Marquinho Tortorello (PPS-São Caetano)
também defendeu que o governo, por meio do relatório de Engler,
deve acolher as propostas do Grande ABC, "pois todas são prioritárias".
Para o deputado José Augusto da Silva Ramos
(PPS-Diadema), "as 17 emendas são um resumo de todas as propostas
que foram apresentadas à Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Elas representam a essência do que a região necessita".
Apesar de solicitado pelos deputados, o
relator do Orçamento não vai receber, nessa primeira reunião,
representantes das entidades regionais como o Consórcio Intermunicipal
do Grande ABC, Câmara Regional e Fórum da Cidadania. Engler,
na resposta encaminhada aos parlamentares, deixa claro que
vai se encontrar apenas os deputados da bancada do Grande
ABC.
Nas 17 emendas, os deputados destinam R$
167,8 milhões para a área de ciência e tecnologia, que inclui
a criação da Universidade do Grande ABC, o Fundo de Aval,
e o Instituto Paula Souza. Para a saúde, a previsão de investimento
é de R$ 50,6 milhões.
Os deputados propuseram ainda a destinação
de verba para: recursos hídricos (R$ 131 milhões), que inclui
os piscinões, transportes metropolitanos (R$ 38,7 milhões),
habitação (R$ 47,4 milhões), transportes (R$ 13,6 milhões),
cultura (R$ 10 milhões), desenvolvimento social (R$ 1,3 milhão),
relações do trabalho (R$ 1,2 milhão), segurança pública (R$
2,6 milhões) e turismo (R$ 1 milhão).
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