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Diário do Grande ABC - 08 de abril de 1999

Deputados pedem CPI contra Eletropaulo

Gislayne Jacinto

Da Redação

O deputado estadual Marco Antonio Tortorello (PPS-São Caetano) pediu a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Eletropaulo. O requerimento foi protocolado quinta-feira com 32 assinaturas e o objetivo de investigar denúncias contra os serviços da empresa.

O pedido do deputado foi motivado por denúncias de consumidores e prefeituras, em especial as do Grande ABC, contra a ex-estatal. Desde o ano passado, a Eletropaulo vem se recusando a instalar novos pontos de iluminação pública nas cidades que têm dívidas com a empresa.

Marquinho Tortorello se diz inconformado com a atitude da Eletropaulo. "Esta empresa está impedindo até a abertura de novas escolas no Grande ABC. Avenidas e vielas também não foram inauguradas por falta de iluminação. Não podemos concordar com este tipo de abuso", disse Marcos Tortorello.

A proposta já conta com o apoio de quatro deputados da região: Vanderlei Siraque (PT-Santo André), José Augusto da Silva Ramos (PPS-Diadema), Daniel Marins (PPB-São Caetano) e Newton Brandão (PTB-Santo André), além de outras lideranças, como Campos Machado (líder do PTB), Walter Feldman (líder do PSDB no governo) e Roberto Engler (líder da bancada tucana).

Vanderlei Siraque, que também já havia cogitado entrar com o mesmo pedido de CPI, acha que depois da privatizaçao da Eletropaulo, no ano passado, "a empresa vem abusando de seu poder de monopólio".

Para Siraque, a empresa não pode prejudicar a população que aguarda pela expansão de iluminação pública. "Por isso é preciso criar uma CPI para apurar o que está acontecendo. Para que o assunto prospere, é necessário que os prefeitos e os deputados do Grande ABC também apóiem a proposta", disse o petista.

Já Newton Brandão disse que as autoridades precisam se unir para garantir a expansão da rede de iluminação na região. Pelo menos 105 pedidos de iluminação feitos pelas prefeituras do Grande ABC foram negados pela Eletropaulo, desde o ano passado, segundo levantamento das administrações municipais. As instalações referem-se a avenidas, escolas, favelas e vielas. "Tudo o que for em defesa das prefeituras da região nós apoiaremos. Não sei se minha bancada vai aceitar o pedido, porém o deputado pode contar com o meu apoio pessoal", prometeu Brandão.

O petebista, que já foi prefeito três vezes em Santo André, disse que também enfrentou problemas com a empresa. "Não é de hoje que a Eletropaulo vem causando problemas para as administrações municipais. Nas minhas três gestões, eu também sofri com medidas ditatoriais, porque a empresa sempre teve poder de monopólio", reclamou.

José Augusto disse que é contra a privatização de determinados serviços públicos, como é o caso do fornecimento de energia elétrica. "Hoje, é necessário que haja um controle do Estado dos órgãos privatizados. O papel do Estado é fiscalizar os serviços prestados, mas, infelizmente, isso não está acontecendo", lamentou.

O deputado do PPS citou ainda a prestação de serviços da Telefônica, que também será investigada por uma CPI na Assembléia Legislativa. "Empresas como a Telesp e a Eletropaulo não deveriam ter sido privatizadas", avaliou. Para José Augusto, tanto a CPI da Telefônica como uma eventual CPI da Eletropaulo serão bem-vindas porque promoverão um debate sobre a prestação de serviço que tais empresas prestam.

Daniel Marins também tem a mesma opinião. Ele criticou a posição da empresa. "A Eletropaulo precisa ter sensibilidade, pois o país passa por dificuldades financeiras, o desemprego está grande, enfim é preciso levar em consideração esta crise."

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Fabio Taroda , 2001