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Diário do Grande ABC - 26 de março de 1999

Assembléia breca doação a Diadema

Karen Camacho

Da Redação

A indefinição da composição das comissões temáticas na Assembléia Legislativa está emperrando a doação, por parte do Estado, de uma área a Diadema, que será vendida para pagar parte dos precatórios (dívidas judiciais) do município e livrar Diadema do risco de intervenção por conta dessas dívidas.

Em acordo firmado com o prefeito de Diadema, Gilson Menezes, o governador do Estado, Mário Covas, encaminhou à Assembléia um projeto de lei em regime de urgência doando para o município um terreno de cerca de 1,6 mil m² que fica na área onde hoje funciona a SSU (Secretaria de Serviços Urbanos).

Mas o pedido de urgência do governador ao projeto esbarra no Regimento Interno da Assembléia. O projeto está parado porque precisa dos pareceres das comissões, que ainda não foram formadas, mas estão em processo de articulação.

Gilson não acredita que o atraso na venda da área atrapalhe as negociações com o governo e traga novamente o risco de intervenção. "Houve demonstração de boa vontade por parte da Prefeitura. Acho que moralmente o risco de intervenção está afastado", disse o prefeito.

O projeto, segundo informou a secretaria geral parlamentar da Assembléia, tem como prazo final o próximo dia 2 de maio. Se até o vencimento do prazo o projeto ainda não tiver os pareceres das comissões, deve ser colocado na pauta e votado do jeito que está, sem parecer.

A aprovação da Assembléia é necessária para que a área da secretaria, de cerca de 7 mil m², possa ser leiloada, com autorização da Câmara Municipal de Diadema. O dinheiro será utilizado para pagar alguns processos de precatórios. O prefeito acredita que a área renda, no mínimo, R$ 4 milhões. O município deve cerca de R$ 100 milhões em precatórios.

O deputado estadual de Santo André Vanderlei Siraque (PT), ex-presidente da Câmara, disse que existe uma disposição dos deputados de votar logo o projeto que beneficia Diadema, mas nao acredita que as comissões sejam formadas em menos de um mês. "As comissões estão em processo de articulação, estamos votando apenas os projetos que já têm parecer. O projeto de doação da área para Diadema deve passar ainda pela Comissão de Justiça", disse Siraque.

Ao contrário das previsões do prefeito Gilson e do chefe da Casa Civil, Celino Cardoso, de que o projeto poderia ser votado ainda na semana passada, a viabilização da venda da área pode levar mais de um mês. "É um projeto simples, mas a burocracia acabou atrasando os planos da Prefeitura", reclamou Gilson.

Para o prefeito, a burocracia é um peso extra, já que a área em questão pertencia à Prefeitura e foi doada ao Estado há cerca de 30 anos para a construção de uma delegacia, mas nunca foi utilizada, pois o governo devolveu a área verbalmente e utilizou para seu projeto uma área na rua Caramuru.

"O terreno já está em poder da Prefeitura porque fica no centro da área da SSU. Na prática nunca doamos a área para o Estado, mas precisamos da formalidade para vendê-la e pagar os precatórios, que é nosso compromisso com o Estado", disse Gilson.

O chefe da Casa Civil, Celino Cardoso, foi procurado pela reportagem do Diário, mas, segundo sua assessoria, encontrava-se em Araçatuba.

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Fabio Taroda , 2001