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Diário do Grande ABC - 02 de fevereiro de 1999

Santana ignora regras e privilegia oposição

Karen Camacho

Da Redação

Em seu primeiro ato como presidente da Câmara de Santo André, Israel Santana (PFL) passou por cima do Regimento Interno e nomeou os membros das comissões permanentes sem a necessária participação proporcional de todos os partidos, como exige o Regimento. O PT, que tem uma bancada de oito vereadores, deveria, pela divisão dos vereadores por partido, ter a participação de sete parlamentares nas comissões, mas o chamado Grupo dos 13 (que faz oposição ao prefeito Celso Daniel) decidiu contemplar apenas quatro.

Os vereadores petistas que tiveram seus nomes contemplados pela oposição já protocolaram carta na Câmara renunciando a seus cargos na comissões. A bancada deve se reunir na quinta para discutir o assunto e programar o próximo passo. Segundo o ex-presidente Vanderlei Siraque, o partido pode até mesmo questionar na Justiça a atitude da maioria.

Durante a votação, os petistas se mantiveram fora do plenário porque não concordaram com a chapa apresentada pela oposição. Depois de votados os membros pelo Grupo dos 13, Siraque usou a palavra para contestar a votação e pedir a anulação da formação das comissões, argumentando que o Regimento Interno assegura a representação proporcional de todos os partidos nas comissões.

O vereador Márcio Pereira (PSDB) rebateu os argumentos de Siraque afirmando que o Regimento Interno assegura, "quando possível". Para a oposição, "quando possível" é interpretado como uma possibilidade de acordo.

O petistas discordam: "O termo refere-se a intenção dos vereadores que representam cada partido. Se, por exemplo, o PDT não tiver interesse de participar de nenhuma comissão não será possível a representação proporcional, o que não foi o caso do PT", disse o líder da bancada, Antonio Leite.

Segundo Santana, o grupo "tentou negociar com os petistas, mas não houve retorno". Os petistas desmentem e dizem que a chapa já estava pronta. "Desrespeitaram o Regimento Interno e não nos deram oportunidade de responder, mesmo depois da votação", disse Leite.

Santana disse que o grupo "esperou a bancada para votação durante cinco minutos e eles não entraram no plenário. Por isso, não tiveram o direito de questionar depois, e sempre que se recusarem a votar vai ser assim".

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Fabio Taroda , 2001