Violência nas escolas é
maior no período da tarde, diz pesquisa
Pesquisa realizada
pela UDEMO - Sindicato de Especialistas de Educação
do Magistério de São Paulo - revela o perfil da violência
nas escolas públicas do Estado no ano de 2002.
O estudo, que foi realizado no primeiro
semestre deste ano e abrangeu aproximadamente 3 mil instituições
de ensino em 60 municípios paulistas, detectou que o período
vespertino (tarde) é o responsável pelo maior índice
de delitos com 32%, ficando à frente do período noturno
que aparece com 23% das ocorrências.
A omissão e a ausência dos pais na
educação dos filhos aparece como um dos fatores responsáveis
pelo aumento da indisciplina do aluno, 20% em relação
a 2001. Em 63% dos casos, a indisciplina ocorre pela falta de perspectiva
de um futuro promissor.
O levantamento mostra que 62% dos profissionais
consideram a progressão continuada (promoção
automática) e a falta de uma política salarial para
o magistério, falhas no sistema educacional do Estado.
A pesquisa atenta ainda para falta
de segurança nas instituições de ensino, 49%
não possuem policiamento e 53% gostariam de contar com segurança
preventiva. A participação de pais, alunos e comunidade
nas escolas é considerada razoável com apenas 45%.
Porcentagem de escolas que tiveram
problemas com:
Depredações |
63% |
Pichações internas |
40% |
Pichações externas |
39% |
Arrombamentos |
33% |
Danificações de veículos |
28% |
Furtos |
27% |
Explosão de bombas dentro
da escola |
26% |
Blecautes provocados por alunos |
10% |
Incêndio provocado no prédio
escolar |
9% |
Explosivos encontrados na escola |
4% |
Quando aconteceram
os casos:
Tarde |
32% |
Fins de semana e feriados |
25% |
Noite |
23% |
Manhã |
13% |
Violências mais preocupantes
Brigas internas (envolvendo apenas
alunos) |
78% |
Desacato / agressões verbais
a professores |
73% |
Desacato / agressões verbais
a funcionários |
57% |
Tráfico e consumo de drogas
nas imediações |
44% |
Uso de armas por aluno |
13% |
Veja
a pesquisa 2002 na íntegra
|