Conselho Nacional de Educação aprova reforma curricular do ensino médio Imprimir
Agência Brasil  Brasília - O ministro da Educação, Fernando Haddad, participa do lançamento do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnologia  Brasília - O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou hoje (30) a proposta de reforma curricular e organizacional do ensino médio que foi apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) em maio. O projeto chamado “ensino médio inovador” irá apoiar iniciativas das secretarias estaduais de educação para melhorar a qualidade do ensino oferecido e tornar a etapa mais atraente.  Segundo o conselheiro Mozart Neves Ramos, o CNE recebeu várias sugestões de entidades da sociedade civil que foram incorporadas ao projeto. O texto final deve ser divulgado até o fim da semana. Os principais pontos da proposta apresentada pelo MEC não foram alterados. Entre eles está o aumento da carga horária de 2,4 mil para 3 mil horas/ano e uma reforma organizacional do currículo. O atual modelo da grade curricular, dividido em 12 disciplinas tradicionais, será dividido em quatro eixos mais amplos (trabalho, ciência, tecnologia e cultura) para incentivar a interdisciplinariedade.  “É importante agora implementar corretamente a proposta e trabalhar principalmente a formação do professor. É preciso que a universidade compreenda qual é a proposta e formar os professores para esse modelo”, apontou Neves.  Hoje durante a tarde o CNE se reuniu com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) justamente para discutir a questão da formação. Outra mudança proposta pelo ministério é que os alunos tenham no mínimo 20% de disciplinas optativas dentro do currículo. Todas essas mudanças têm por objetivo tornar a escola mais atraente para o jovem. Pesquisas apontam que o atual modelo é considerado desinteressante, o que aumenta a evasão e diminui o tempo do brasileiro nos bancos escolares. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, cabe à escola corresponder às expectativas do aluno e não o contrário. Segundo ele, o orçamento de 2010 destinará de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões para a proposta. “A partir do momento que nós superamos o gargalo do vestibular tradicional [com a criação do novo Enem], destravamos um processo de diversificação do ensino médio que já ocorre em vários estados”, avaliou. As secretarias de educação deverão responder a um edital que será divulgado pelo MEC para inscrever propostas inovadoras que “serão potencializadas com apoio federal”, disse o ministro. A ideia, segundo Haddad, é que essas experiências sejam disseminadas na rede. Inicialmente, o MEC vai financiar a implantação de projetos em 100 escolas.