A grande reclamação por parte dos moradores é a falta de diálogo. Muitos dizem que têm informações desencontradas por parte da prefeitura e da CDHU. Além disso,  questionam a forma de escolha das casas que serão desalojadas. “A casa da minha vizinha de muro não foi considerada área de risco, porém a minha foi. A CDHU e a  prefeitura não vieram aqui avaliar se é mesmo área de risco. Eu não sei e ninguém sabe como é que decidiram isso”, disse a moradora da rua dos Missionários Rosalina Disordi.

Na rua Lamartine a situação é crítica. Casas que foram construídas há 20 anos terão de ser desocupadas. A alegação é de que estão em áreas de risco, no entanto, não são todas as casas que estão marcadas com a pichação da CDHU, a marca da demolição das moradias.

 A membro da Comissão de Moradores da Rua Lamartine, Daniela Guedes, falou das propostas dos moradores. “Queremos um projeto de urbanização na área pelo Semasa, que os terrenos sejam loteados e que construam muros de contenção”, disse.

A questão da segurança no bairro preocupou o deputado. “As casas que já estão vazias não foram demolidas totalmente, o que facilita a ação de criminosos, como maníacos”, disse.

Siraque informou a população sobre a reunião que teve com o promotor de Habitação e Urbanismo de Santo André. “Queremos que seja firmado um Termo de Ajustamento de Conduta para que a situação seja resolvida. Fizemos essa proposta ao promotor e esperamos que ela seja acatada” disse.

O deputado ressaltou ainda que está com os moradores na luta “Todos têm direito à moradia digna. Como deputado, vou cobrar da CDHU um posicionamento, fiscalizar as ações no bairro e, principalmente, lutar com os moradores pelos direitos que eles possuem”, afirmou.

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