Home Notícias Um manifesto em defesa da retomada da competitividade do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil

Um manifesto em defesa da retomada da

competitividade do Setor Químico,

Petroquímico e Plástico do Brasil

Na última terça-feira (21) foi realizado na Câmara dos Deputados um importante e inédito evento promovido pela Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil e pela Frente Parlamentar em Defesa da Infraestrutura Nacional. O evento foi coordenado pelo jornal Valor Econômico na sua dinâmica, apoiado institucionalmente pela ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química), e com o apoio das empresas Braskem, Unigel, Elekeiroz e Oxiteno.

Participaram como debatedores e espectadores mais de trinta deputados de diferentes estados do Brasil e partidos, como também importantes lideranças do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), ABDI, BNDES, CUT, Força Sindical, Petrobras, empresas químicas e petroquímicas, imprensa e empresas de consultoria, além de representantes da academia.

 

CENÁRIO


Foi demonstrado e ratificado nas apresentações de todos os debatedores a importância da indústria química, petroquímica e do plástico pela sua transversalidade e capacidade de geração de riqueza econômica no conjunto das cadeias industriais de um país, como a de alimentos, agronegócio, automobilística, higiene, farmacêutica etc. Esta riqueza econômica se transfere para a geração de empregos diferenciados acima da média da indústria, com trabalhadores altamente qualificados. A indústria química brasileira já é a sexta maior do mundo com um faturamento em 2012 de US$ 153 bilhões.  Tem na petroquímica a sua mais representativa participação, identificada com uma empresa brasileira que atua globalmente, a Braskem, já a sétima maior no ranking de capacidade, muito próxima das “Top Five” no mundo.

Mas a importância relativa da indústria química nacional no cenário global está se confrontando com o aumento exponencial das importações – foi divulgado pela ABIQUIM no evento o recorde de US$ 30 bilhões no déficit da balança comercial em abril – na última década.  O Brasil importa 30% do mercado nacional e isto representa anualmente a indústria química de um país com o tamanho da Espanha.  O crescimento exponencial das importações nos últimos 10 anos foi o resultado da perda de competitividade da indústria química nacional.   Mais de 500 produtos deixaram de ser fabricados no país.  Um exemplo que foi dado, de um segmento altamente dependente de importações, foi o farmacêutico: o Brasil antes produzia antibióticos (produtos não complexos de fabricar) e atualmente importa a totalidade dos antibióticos usados.

Outro grande desafio colocado no debate: inovação. Os investimentos em P&D no Brasil são da ordem de 0,7% do faturamento, ainda baixos, se comparados com países desenvolvidos que investem de 2% a 4%.  Este baixo investimento em inovação faz com que os produtos químicos importados tenham valor agregado em média 2,5 vezes maiores que o produto nacional.

De outra parte, os EUA viabilizaram a exploração do gás de xisto, o “shale gas”. Hoje na América o preço do gás natural, com o advento do gás de xisto, custa 3 a 4 vezes menos que o gás natural no Brasil. Com isto, a indústria química americana está renascendo rapidamente e muito forte, e já afronta diretamente com a indústria nacional.

Este foi o cenário confrontado no debate. Deixando deixa claro que a indústria química brasileira – assim como boa parte do conjunto da indústria – está sofrendo a perda de sua competitividade.  Mesmo com abundância de matérias primas, em muitos casos, e um mercado crescente, os preços não são  competitivos. A elevada carga e complexa matriz tributária, o custo dos investimentos, falta de infra-estrutura, custo da energia, entre outros, oneram a  produção nacional e deslocam os investimentos para outros países.

Este MANIFESTO EM DEFESA DA “RETOMADA DA COMPETITIVIDADE DO SETOR QUÍMICO, PETROQUÍMICO E DE PLÁSTICO”, fruto desta ação de debate dos deputados, dos trabalhadores, dos empresários, da academia, quer mostrar que precisamos ser proativos no conjunto da sociedade brasileira para a sobrevivência e retomada de uma indústria tão importante para o país, a indústria química.

 

 

DESAFIOS PARA SOBREVIVÊNCIA


Curto Prazo

ü Aprovação no congresso nacional do REIQ – Regime especial que desonera as matérias primas básicas;

ü Temporariamente, garantir a competitividade da produção nacional vis a vis desequilíbrios estruturais;

ü Definição e aprovação dos estímulos à ampliação do investimento fixo – REPEQUIM;

ü Regulamentação da lei do gás natural como insumo da indústria química;

ü Incentivos e promoção à inovação, em especial no fomento a química de origem renovável;

ü Consolidação do REIF – Regime Especial da Ind. de Fertilizantes.

ü Garantir o permanente investimento na formação e capacitação de pessoas.

 

Médio/Longo Prazo

ü Estabelecimento de uma política industrial de longo prazo que perpetue a competitividade da indústria química nacional e que fomente a agregação de valor em toda a cadeia.

ü Consolidação da EMPBRAPI

 

Última atualização em Qua, 22 de Maio de 2013 22:31
 
 

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