<%@LANGUAGE="VBSCRIPT"%> www.siraque.com.br - icms

Busca
Área de Interesse
Tipo

Critério de repasse do ICMS estimula guerra fiscal e causa
desigualdade entre
cidades

Veja a monografia de autoria do deputado Vanderlei Siraque (em formato PDF) - O Princípio da Federação e o ICMS. Clique aqui.

Se você ainda não tem o Adobe Acrobat pegue-o aqui!

Os critérios estabelecidos atualmente - pelo artigo 158, parágrafo único, I e II da Constituição Federal - para a distribuição da cota-parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aos municípios "são injustos e só incentivam a guerra fiscal entre as cidades", afirma o deputado estadual Vanderlei Siraque. Para ele, o imposto deve ser cobrado onde a mercadoria é comercializada e não onde é produzida, como ocorre atualmente. "Isso faz com que muitos prefeitos concedam isenção de impostospara empresas - como Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU) e Imposto sobre Serviços (ISS) -, pois sabem que terão o retorno no repasse do ICMS. Se o imposto fosse cobrado no local de comercialização da mercadoria, esse problema não existiria", defende.

A Resolução SF 34 de 26/09/01, que divulgou os Índices de Participação dos Municípios (IPM) no produto de arrecadação de ICMS para o ano de 2002, mostrou que municípios como Rio das Pedras, Pradópolis e Américo Brasiliense tiveram uma perda de 32%, 26,62% e 23,82% respectivamente. Um dos principais motivos para a redução dos índices, a partir de 1998, foi o fechamento de empresas, redução de custos e mudança de parte da produção de produtos para outros municípios. Em muitos casos, o que motivou a transferência de empresas locais para outras cidades foi a concessão de créditos do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), ou outros benefícios tributários, causando a chamada "GUERRA FISCAL".
Outros municípios como Guararema, Paulínia e São Sebastião tiveram um aumento em seu IPM de 91,66%, 30,42% e 26,49%, por terem em seus territórios serviços da Petrobrás, como refino, produção e transporte de petróleo.

Região do ABC
A Região do ABC também sofre com o repasse do ICMS. Em 2001, Ribeirão Pires recebeu
R$ 113,51 por habitante/ano e Rio Grande da Serra - conhecida como cidade dormitório por ter poucas indústrias e consequentemente seus moradores terem de se deslocar para outras cidades para trabalhar - recebeu apenas R$ 73,21 habitante/ano. "Estes dois municípios estão abaixo da média do Estado de São Paulo, que é de R$ 175,00", afirma Siraque.

Já a cidade de Paulínia, que possui muitas indústrias e uma população pequena (ver tabela abaixo) recebeu R$ 3.210,76 por habitante/ano, muito acima da média do Estado e mais de 14 vezes o valor que recebeu a cidade de Rio Grande da Serra.

VEJA NA TABELA O VALOR DO REPASSE DE 2000 E 2001 PARA OS MUNICIPIOS DO GRANDE ABC E A COMPARAÇÃO COM PAULINÍA

ANO MUNICÍPIO VALOR IPM POPULAÇÃO PERCAPITA
2002 Paulínia 243.122.643,47 3,1080366 54.847 4.432,74
2002 Santo André 122.083.156,14 1,55509419 656.956 185,83
2002 São Bernardo do Campo 266.353.450,14 3,39004831 727.763 365,99
2002 São Caetano do Sul 64.771.015,26 0,82339861 139.171 465,40
2002 Diadema 89.870.167,52 1,14455598 366.064 245,50
2002 Mauá 94.330.081,15 1,20351665 376.543 250,52
2002 Ribeirão Pires 12.104.473,12 0,15407042 108.532 111,52
2002 Rio Grande da Serra 3.114.335,21 0,03970376 38.576 80,73
2002 Francisco Morato 5.678.814,20 0,0725686 143.965 39,45
2001 Paulínia 169.801.153,96 2,38313869 52.885 3.210,76
2001 Santo André 115.395.824,26 1,61614295 651.747 177,05
2001 São Bernardo do Campo 266.975.820,43 3,73288577 716.397 372,66
2001 São Caetano do Sul 70.206.906,88 0,98144123 138.831 505,70
2001 Diadema 86.178.378,19 1,20540704 361.697 238,26
2001 Mauá 78.716.987,50 1,10324122 369.881 212,82
2001 Ribeirão Pires 12.084.682,75 0,16895499 106.462 113,51
2001 Rio Grande da Serra 2.766.148,07 0,03872491 37.785 73,21
2001 Francisco Morato 4.126.370,12 0,05779026 138.692 29,75

IPM PARA 2001 COMPARADO COM 2002

A divulgação dos índices do Índice de Participação dos Municípios (IPM) mostrou que somente Mauá e Rio Grande da Serra obtiveram aumento no índice entre os municípios do Grande ABC (ver tabela abaixo). Os outros cinco municípios continuaram registrando perdas.

MUNICÍPIO
IPM 2001
IPM 2002
VARIAÇÃO
Paulínia
2,38313869
3,10803660
+ 30,42%
Santo André
1,61614295
1,55509419
- 3,92%
São Bernardo do Campo
3,73288577
3,39004831
- 10,11%
São Caetano do Sul
0,98144123
0,82339861
- 19,19%
Diadema
1,20540704
1,14455598
- 5,31%
Mauá
1,10324122
1,20351665
+ 9,09%
Ribeirão Pires
0,16895499
0,15407042
- 9,66%
Rio Grande da Serra
0,03872491
0,03970376
+ 2,53%
Francisco Morato
0,05779026
0,0725686

Fontes: CEPAM, Secretaria Estadual da Fazenda e Censo IBGE 2000

 


Voltar

 

 

 

 

Fabio Taroda